Translate
domingo, 7 de dezembro de 2014
Refletir...
"... A minha contribuição foi encontrar uma explicação segundo a qual,
por trás da mão que pega o lápis,
dos olhos que olham,
dos ouvidos que escutam,
há uma criança que pensa"
(Emília Ferreiro)
FONTE: Entrevista feita a Emília Ferreiro a Revista Nova Escola.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
Etapas da Alfabetização
Analisando os estudos de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky sobre a psicogênese da língua escrita, compreende-se uma outra meneira de ver a aquisição do código escrito que é realizado pelas crianças. “A leitura e a escrita não dependem exclusivamente da habilidade que o alfabetizando apresenta de ‘somar pedaços de escrita’, e sim, antes disso, de compreender como funciona a estrutura da língua e a forma como é utilizada na sociedade”.
Ferreiro e Teberosky pbservam que tentando compreender a escrita, as crianças criam teorias que se desenvolvem como: a pré-silábica, a silábica, a silábico-alfabética e a alfabética. São as chamadas hipóteses.
Pré silábica:
Essa fase se caracteriza em dois níveis. No primeiro, as crianças tentam diferenciar os desenhos da escrita, indentificando o que se pode ler. No segundo nível, constroem princípios que vão acompanhá-las no processo de alfabetização, como: é preciso um determinado número de letras para que haja algo, de fato, escrito (em torno de três) e o princípio de que há uma variedade de caracteres para que se consiga ler. Para escrever, a criança vai utilizar letras aleatórias, geralmente as que contém em seu nome e sem uma quantidade significativa.
Silábica:
Nessa fase a escrita já representa uma relação entre os termos,entre a grafia e a parte falada. Para cada parte falada ( sílaba oral ) a criança atribui uma grafia, ou seja, uma letra escrita.
Por exemplo, quando escreve a palavra ''MÃO'', pode utilizar apenas uma letra, pautando-se na hipótese silábica, onde vai corresponder o número de letras com a quantidade de vezes que ela abriu a boca para falar, ou pode ainda utilizar dois ou três símbolos, pois não acredita que possa se escrever apenas com uma letra.
Nessa fase, pode também ser dividida em dois níveis: o primeiro, silábico sem valor sonoro, onde a crianças representa cada sílaba por uma letra qualquer, sem nenhuma relação com o som que ela representa. O segundo é o silábico com valor sonoro onde em cada sílaba é representada por uma vogal ou consoante que expressa o som correspondente.
Silábico-alfabética:
Nesta fase a criança vê que não é possível escrever apenas com uma letra para cada sílaba. Como essa é uma transição da ''silábica'' para a ''alfabética'', a criança começa a escrever algumas vezes representando a sílaba inteira, e em outras usando uma letra para cada sílaba.
São exemplos de escritas silábico-alfabéticas:
- CAVLU (cavalo)
- JABUTCAA (jabuticaba)
- MNINO (menino)
- CADRA (cadeira)
Nível Alfabético:
Nessa fase a criança conhece o valor sonoro de algumas ou todas as letras e consegue agrupá-las formando sílabas. Estando nesse nível não quer dizer que a criança já saiba ler e escrever corretamente. Ainda escrevem: Xinelo, Coziha, caza, etc.
É importante ressaltar que cada criança tem seu ritmo. Espera-se que aos 7 anos ela já domine de maneira razoável a leitura e escrita. Claro que esse processo começa muito antes, pois desde muito pequenas as crianças já fazem a leitura de sua própria maneira: lê placas nas ruas, gravuras nos livros etc.
Uma criança que convive com o estímulo da leitura, com certeza, terá mais interesse, e provavelmente, o processo de alfabetização será mais fácil.
Alfabetização e Letramento
Analisando o que Magda Becker Soares diz sobre letramento e alfabetização, a mesma enfatiza que :
A escola é o lugar onde se aprende a codificar e decodificar códigos da linguagem, ler e escrever, porém o papel da mesma vai além de uma simples aprendizagem mecânica. Deve ser capaz de fazer os estudantes lerem o mundo. Não basta apenas saber ler e escrever, deve-se compreender o que se lê, portanto, não é possível separar alfabetização de letramento. Magda defende que alfabetização e letramento envolvem duas aprendizagens distintas, mas que devem ocorrer de forma articulada, o que denomina como alfabetizar letrando. Ensina-se a ler e a escrever, porém de uma maneira que os estudantes consigam de fato entender o que leem e articular o que escrevem, tornando-se assim leitores críticos que fazem o uso social de sua leitura e escrita.
Referências:
SOARES, Magda. Letramento: Um tema em três gêneros. 2. Ed. Belo Horizonte:
Autêntica, 2006.
Se alfabetizar significa orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, letrar significa levá-la ao exercício das práticas sociais de leitura e de escrita. Uma criança alfabetizada é uma criança que sabe ler e escrever; uma criança letrada (tomando este adjetivo no campo semântico de letramento e de letrar, e não com o sentido que tem tradicionalmente na língua, este dicionarizado) é uma criança que tem o hábito, as habilidades e até mesmo o prazer de leitura e de escrita de diferentes gêneros de textos, em diferentes suportes ou portadores, em diferentes contextos e circunstância (Soares 2006)
A escola é o lugar onde se aprende a codificar e decodificar códigos da linguagem, ler e escrever, porém o papel da mesma vai além de uma simples aprendizagem mecânica. Deve ser capaz de fazer os estudantes lerem o mundo. Não basta apenas saber ler e escrever, deve-se compreender o que se lê, portanto, não é possível separar alfabetização de letramento. Magda defende que alfabetização e letramento envolvem duas aprendizagens distintas, mas que devem ocorrer de forma articulada, o que denomina como alfabetizar letrando. Ensina-se a ler e a escrever, porém de uma maneira que os estudantes consigam de fato entender o que leem e articular o que escrevem, tornando-se assim leitores críticos que fazem o uso social de sua leitura e escrita.
Referências:
SOARES, Magda. Letramento: Um tema em três gêneros. 2. Ed. Belo Horizonte:
Autêntica, 2006.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
ORTOGRAFIA NAS ESCOLAS
De acordo com Morais (2010), a ortografia é uma invenção recente na Língua Portuguesa. Foi no século XX que se fixaram as normas ortográficas no Brasil e em Portugal, mas as ortografias desses países não são iguais. É por isso que foi assinado um acordo nos últimos anos para unificar as normas ortográficas.
Segundo Morais (2010, p.28), “a ortografia é uma convenção social cuja finalidade é ajudar a comunicação escrita”. As pessoas de diferentes regiões, que pertencem aos diversos grupos socioculturais ou nascidas em épocas diferenciadas, falam as mesmas palavras de formas diferentes. Sendo assim, não pode ser constatado que existe uma única forma de pronunciar corretamente as palavras, pois a fala se difere da forma escrita.
Assim, a ortografia tem que ser ensinada na escola para que os alunos aprendam a grafia correta das palavras de forma padrão, e para que num momento posterior, os educadores possam verificar se os alunos aprenderam. No entanto, o que ocorre normalmente nas escolas é:
[...] a escola cobra do aluno que ele escreva certo, mas cria poucas oportunidades para refletir com ele sobre as dificuldades ortográficas de nossa língua. Creio que é preciso superar esse duplo desvio: em vez de se preocupar mais em avaliar, em verificar o conhecimento ortográfico dos alunos, a escola precisa investir mais em ensinar, de fato, a ortografia. (MORAIS, 2010, p. 25)
O PCN de Língua Portuguesa (BRASIL, 2001, p.84) nos traz a seguinte reflexão “ainda que tenha um forte apelo à memória, a aprendizagem da ortografia não é um processo passivo: trata-se de uma construção individual, para a qual a intervenção pedagógica tem muito a contribuir”. Sendo assim, a ortografia é um conteúdo como qualquer outro a ser trabalhado, ensinado aos alunos, e não apenas cobrado.
Arthur Gomes de Morais (2010) destaca que na aprendizagem da ortografia, primeiramente há a apropriação do sistema alfabético pela criança, a qual elabora conhecimentos referentes ao funcionamento da escrita, como exemplos: as letras que são permitidas utilizar na língua portuguesa, as letras que possuem representação sonora nas sílabas que compõem as palavras.
Morais (2010, p. 28) afirma:
[...] o conhecimento ortográfico é algo que a criança não pode descobrir sozinha, sem ajuda. Quando compreende a escrita alfabética e consegue ler e escrever seus primeiros textos, a criança já aprendeu o funcionamento do sistema de escrita alfabética, mas ainda desconhece a norma ortográfica.
Por isso, é muito visível que, no início da escrita pelos alunos, muitos erros ortográficos apareçam. Estes precisam ser compreendidos pelo educador, pois indicam que o aluno necessita de ajuda para entender a escrita, pois também o erro revela vários níveis de conhecimento.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. 3.ed. Brasília: A Secretaria, 2001. 144p.
MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. São Paulo: Ática, 2010.
Alfabetização Tecnológica: criando histórias
Levando em consideração as análises de Magda Becker Soares sobre letramento e alfabetização, essa diz que: “Se alfabetizar significa orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, letrar significa levá-la ao exercício das práticas sociais de leitura e de escrita. Uma criança alfabetizada é uma criança que sabe ler e escrever; uma criança letrada (tomando este adjetivo no campo semântico de letramento e de letrar, e não com o sentido que tem tradicionalmente na língua, este dicionarizado) é uma criança que tem o hábito, as habilidades e até mesmo o prazer de leitura e de escrita de diferentes gêneros de textos, em diferentes suportes ou portadores, em diferentes contextos e circunstâncias” (Soares 2004).
Assim, é possível considerar que letrar é direcionar, conduzir a criança ao exercício das práticas sociais de leitura e escrita, é inseri-la ao campo das letras em seu sentido e contexto social, é fazer com que a criança tome gosto pelo hábito de ler, e a alfabetização compreende a decodificação e assimilação dos signos linguísticos; alfabetizar está em inserir a criança para a prática da leitura, ou seja, fazer com que se aprenda a ler, mas isso não implica em criar hábito da leitura, pois sabemos que há sujeitos alfabetizados que necessariamente não tomam gosto pelo hábito de ler, ou não leem com frequência, dizemos portanto que não basta alfabetizar a criança, é preciso letrá-la ou conduzi-la aos diversos tipos de expressões textuais, é capacitar a criança a criar relações com práticas de leitura e escrita, é compreender e questionar, sobretudo fazer a chamada leitura do mundo a partir de suas práticas sociais.
Ao se pensar no quanto as relações de comunicação presentes no mundo contemporâneo vêm se tornando complexas, é cada vez mais notória a necessidade do uso da tecnologia na educação, pois esta, ao tomar as tecnologias como recursos de ensino, torna-se uma das principais responsáveis pela formação de cidadãos capazes de interagir de maneira crítica e reflexiva com a tecnologia que está cada vez mais presente no cotidiano dos mesmos.
Um Pouco da história da Alfabetização
Segundo Cagliari (1987) de acordos com fatos comprovados historicamente a escrita surgiu da urgência das pessoas se comunicarem umas com os outras. Estudando atenciosamente o sistema da escrita veio à tona a preocupação em decifrar e entender o código. Com a invenção da escrita surgiu também a invenção das regras de alfabetização, ou seja, não adiantaria criar símbolos para registrar ou comunicar algo, era necessário ensinar como decifrar esses símbolos. Na antiguidade, as crianças aprendiam copiando o que já estava escrito, começavam com palavras e depois passavam para textos mais longos, não era algo importante frequentar uma escola para aprendê-lo. Segundo CAGLIARI (1998: p. 15) “a curiosidade, certamente, levava muita gente a aprender a ler para lidar com negócios, comércios e até mesmo para ler obras religiosas ou obter informações culturais da época”. A alfabetização dava-se com a transmissão de quem possuía conhecimentos da escrita para quem queria aprender. Com o desenvolvimento do capitalismo industrial veio à revolução tecnológica, e o início de uma nova economia, resultante da industrialização a migração do campo para as cidades aumentou, assim necessitando de uma educação que preparasse as pessoas para a Mão de obra industrial e com essa exigência econômica a escola é obrigada a preparar a população para o mercado de trabalho oferecendo condições para se adequarem ao capitalismo. Assim a aprendizagem da leitura e da escrita tomou outro rumo. O uso da escrita na sociedade cresceu de modo significativo com a invenção de livros e de máquinas. Após a revolução Industrial e Francesa a alfabetização se tornou indispensável para a sociedade em geral. Com isso, a escola tem a responsabilidade de alfabetizar as crianças. Surgiam então os métodos como forma de ensinar as crianças a escreverem. Porém enquanto as pessoas pobres trabalhavam para poderem sobreviver, a alta sociedade tinha acesso garantido para frequentar a escola. Os métodos se desenvolveram também da maneira como a sociedade se organizava. Cada sistema veio colaborar com uma nova perspectiva da educação da sua época. Por isso, quando estudamos e analisamos alguns processos de alfabetização devemos conhecer um pouco da sua história e quando esse sistema começou e qual necessidade ele veio atender. Falar sobre métodos Até pouco tempo acreditava-se que o processo de alfabetização se resumia em um simples ato de decodificação de símbolos, onde se utilizava metodologias nas quais não se considerava o entendimento das crianças sobre o que era ensinado, também se dava pouco valor às práticas que eram utilizadas para que o aprendizado acontecesse. Para Cagliari, No processo de alfabetização, a leitura precede a escrita. Na verdade, a escrita nem precisa ser ensinada se a pessoa souber ler. Para escrever, uma pessoa precisa, apenas, reproduzir graficamente o conhecimento que tem de leitura. Por outro lado, se uma pessoa não souber ler, o ato de escrever será simples cópia, sem significado. (Cagliari, 1994, apud Massini-Cagliari,1994, p. 26) Por isso, acredita-se que a leitura e a escrita sejam a porta de entrada para a inserção na sociedade letrada em que vivemos atualmente, porque, é a partir dessas habilidades adquiridas desde a Educação Infantil, que as crianças se apropriam dos saberes acumulados pela humanidade, tornando-se seres globalmente sociais. As tradicionais formas de alfabetização utilizadas pelos professores consistem em um método no qual este transmite seus conhecimentos aos alunos. Porém, muitas vezes, estes professores não se encontram capacitados a compreender algumas das dificuldades que as crianças enfrentam antes de virem a entender o real sentido da leitura e da escrita. As práticas de aprendizagem muitas vezes se iniciam baseadas em uma junção de sílabas, em memorização de sons, cópia e decifração. Para que o processo de alfabetização aconteça com sucesso, nos anos iniciais, algumas propostas deveriam ser aderidas, como a aceitação de que cada criança pode sim produzir e interpretar escritas, cada uma no nível em que se encontra. Também que a interação da criança com a leitura e a escrita se desse nos mais variados contextos, permitindo que esta tenha acesso a escrita do seu nome o quanto antes possível, e não esquecendo que a correção ortográfica neste primeiro momento, não apresenta grande importância. Pode se considerar, então, que a alfabetização é a construção de um conceito de que ler e escrever tem suporte na criatividade e no raciocínio de cada educando, mas que também se estrutura nas relações sociais e afetivas. Assim sendo, no contexto da alfabetização, é fundamental conceituarmos duas abordagens: uma que visa o processo de aquisição da linguagem e da escrita e outra que visa o real significado da alfabetização. Levando em conta as questões abordadas até aqui e também a importância dos métodos de utilizados para a aquisição da alfabetização, buscou-se, a partir da pesquisa desenvolvida, bem como os questionários aplicados aos professores, analisar quais os métodos utilizados e entender como ocorre este processo no cotidiano escolar. Ler e escrever são atividades da alfabetização que devem ser conduzidas paralelamente. Porém, costuma-se valorizar mais à escrita do que à leitura. Pode-se relacionar isso, ao fato de que, as escolas acreditam ser mais fácil a avaliação de um aluno pelos seus erros e acertos, o que fica de difícil identificação num processo somente de leitura. Os métodos de alfabetização, responsáveis pela aquisição da leitura e da escrita devem ser tomadas como uma prática social a ser devidamente incorporada na vida cotidiana de cada indivíduo, cujos aprendizados iniciam na escola, e jamais se encerram nos limites da experiência acadêmica.
RELATÓRIO DO LIVRO PRECONCEITO LINGUÍSTICO
RELATÓRIO DO LIVRO PRECONCEITO
LINGUÍSTICO
BAGNO,
Marcos A. Preconceito Linguístico – o
que é como se faz. 36 ed. Loyola: São Paulo, 1999.
Durante o seminário do livro
preconceito lingüístico de Marcos Bagno, realizado no dia 27/11/2013. A
professora apresentou como seria o seminário, sendo que duas meninas
controlavam o tempo e as inscrições e assim conforme eram realizadas as
inscrições começou as discussões entre as alunas da pedagogia 2012.
O seminário foi aberto pelas alunas falando sobre vida e obra do autor e o porquê do titulo do livro. Marcos Bagno
é um escritor e linguista, cursou sua graduação e mestrado em letras na
Universidade Federal em Pernambuco. A especialização no doutorado foi em língua
portuguesa. Um autor que se dedica na investigação do ensino da língua portuguesa
nas escolas do Brasil. esta é uma obra
que refere-se à democratização da língua portuguesa brasileira, esta faz
nos pensar sobre a confusão existente entre língua falada e linguagem normativa
que ocorre não só nas escolas mas também na sociedade.
No início uma estudante comentou que o autor coloca que a língua portuguesa
falada no Brasil é um dos mais sérios dos mitos que compõe o preconceito
linguístico no país, que ocorre muitas mudanças na linguagem e a norma da
gramática continua parada sem mudanças ocorridas com o tempo. Com isso, muitos
gramáticos falam que a língua está sempre em mudança de acordo com cada região.
A autora Stella publicou em seu artigo alertando sobre a ideia de que no Brasil
somos monolinguisticas mas não possuímos uma única linguagem.
Conforme o autor os escritores são os
primeiros a dizer que a gramatica não é com eles que se fossem assim todos os
gramáticos seriam grandes escritores e os bons escritores seriam em especialistas
em gramatica. Mario Perini chama a atenção para a propaganda enganosa contida
no mito de que é preciso ensinar gramatica para aprimorar o desempenho
linguístico doa alunos:
Quando
justificamos o ensino da gramatica dizendo que é para os alunos venham a escrever
(ou ler ou falar) melhor, estamos prometendo uma mercadoria que não podemos
entregar. Os alunos percebem isso com bastante clareza, embora talvez não
possam explicitar; e esse é um dos fatores do descrédito da disciplina entre
eles.
Também
foi comentado que a mídia e os meios de comunicação interferem muito na forma
correta e na maneira errada que se fala o português. A partir disso, expõe oito
mitos, como só em Portugal se fala bem português, que as pessoas sem instrução
pobres e marginalizadas não sabem o português, que português é difícil e que as
pessoas tem que dominar a gramatica para falar e escrever corretamente.
As
alunas comentaram que as crianças que sofrem com o preconceito linguístico que
são de classes sociais menos privilegiadas elas não tem acesso a livros e
leituras e que não tem incentivo nas escolas porque as professoras falam que os
pais são pobres analfabetos nunca vão aprender não adianta perder tempo. E as
regiões menos favorecidas tem sua língua própria e não é considerada a língua
padrão pela sociedade e essas pessoas não tem acesso no texto da Constituição.
E passam a não saber seus direitos por não compreender a linguagem utilizada
pela minoria a elite da sociedade.
O
autor coloca que é preciso ensinar os alunos escrever correto para que eles
entendam que a escrita é uma só e que a língua varia de uma região para outra
então devemos respeitar os alunos da maneira que se expressam de forma oral.
Não criar uma língua falada de forma artificial.
Na segunda parte do seminário foi discutido
sobre o círculo vicioso composto pelos elementos da gramatica tradicional, os
métodos tradicionais e os livros didáticos. E que faltava um elemento para
fechar esse círculo: os comandos paragramaticais que a partir dos meios de
comunicação que surge o preconceito linguístico que é conforme os radialistas
jornalistas falam é a forma correta de falar português, a mídia coloca na
cabeça das pessoas que o português é difícil.
Também
foi apresentado sobre a coluna de jornal de DadSquarisi, na qual está mostrando um texto com palavras
preconceituosas contra o português dos brasileiro uma atitude preconceituosa da
pessoa que que conhece uma única modalidade de uso da língua a norma padrão
tradicional.
No
final a professora falou sobre os dez cisões que o autor coloca que
nós como professores temos que saber: Conscientizar de que todo falante nativo
de uma língua é um usuário competente dessa língua; Aceitar a ideia de que não
existe erro de português, que na verdade é um fenômeno que tem uma explicação
cientifica; Não confundir erro de português com um simples erro de ortografia;
Conscientizar-se de que toda língua muda e varia; A língua portuguesa não vai
nem bem nem mal prossegue em sua evolução; Respeitar a variedade linguística de
cada pessoa; A língua nos constitui enquanto seres humanos; Uma vez que a língua
está em tudo e tudo está na língua; Ensinar bem é ensinar para o bem.
Todos
os professores devem se conscientizar disso e repensar na maneira de como é
trabalhado a língua oral e a escrita nas escolas.
RELATÓRIO DO LIVRO A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER TRÊS ARTIGOS QUE SE COMPLETAM
RELATÓRIO
DO LIVRO A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER TRÊS ARTIGOS QUE SE COMPLETAM
Freire, Paulo, 1921 – A
importância do ato de ler: em três artigos que se completam / Paulo Freire.
–São Paulo: Autores Associados: Cortez, 2011. (Coleção questões da nossa época
;v.22)
Durante o seminário do livro A importância do ato de ler: em
três artigos que se completam de Paulo Freire, realizado no dia 04/04/2014. A
professora pediu para a turma se organizasse em círculo para começar o
seminário, sendo que duas meninas controlavam o tempo e as inscrições e assim
conforme eram realizadas as inscrições começou as discussões entre as alunas da
pedagogia 2012.
O seminário foi aberto por uma aluna da turma contando sobre a obra e vida do autor e também mostrou um folder
com várias obras do autor. Paulo Freire é um educador muito conhecido pelo seu
método de alfabetização, contribuindo aos professores uma reflexão sobre sua
prática pedagógica usada atualmente nos espaços de educação.
Paulo Régis Neves Freire
nasceu em 19/9/1921 em Recife. E como o livro contava que ele foi alfabetizado
pela mãe que o ensina a escrever com galhos de arvores no quintal da casa da
família. Estudou Direito na Faculdade de Direito do Recife, casou-se com a
professora primária Elza Maia Costa Oliveira e teve cinco filhos. Trabalhou
como professor foi convidado para coordenar o Programa Nacional de
Alfabetização e assim também foi chamado para ser secretário Municipal de
Educação. Depois começou assessorar projetos culturais na América Latina e
África. Paulo Freire morreu de infarto, em 02/05/1997, na cidade de São Paulo. Sua
principal obra é Pedagogia do Oprimido, lançada em 1969, na qual está detalhado
o método de alfabetização de adultos de Paulo Freire.
No início uma estudante da pedagogia fez uma
introdução, um pequeno resumo do que o autor apresenta na obra. Comentou que o livro, é apresentado em uma palestra sobre a
alfabetização de adultos e de bibliotecas populares, que o autor fala da
importância da leitura na alfabetização, para as crianças e jovens terem um
senso crítico diante da sociedade. Discutindo suas experiências com
alfabetização na República Democrática de São Tomé e Príncipe.
O primeiro tema colocado em
discussão foi que a leitura do mundo é anterior à leitura da palavra, que a
leitura tem que vir da cultura da criança das experiências dela das suas
curiosidades e imaginações o professor precisa trabalhar com vários gêneros
textuais e colocar em prática a importância de se fazer uma leitura crítica levando
o aluno gostar do que lê e saber interpretar o que está escrito.
As alunas comentaram que o
professor se acomoda com o ba, be, bi, bo, bu e diz que não há outra forma de
ensinar mas como o autor Paulo Freire coloca, a ortografia não foi reduzida, a partir
dos textos escritos e pelas leitura
feitas é possível trabalhar as normas gramaticais com as escritas dos próprios
alunos. Eles não tinham que fazer uma decoreba memorizar mecanicamente, mas
aprendiam o significado de cada conteúdo aprendido. Como Paulo Freire afirma:
[...] A alfabetização é a criação ou a montagem da expressão escrita da expressão oral. Esta montagem não pode ser feita pelo educador para ou sobre o alfabetizando. Aí ele tem um momento de sua tarefa criadora.
Também foi comentado
um exemplo que o autor cita o tijolo o que representava esse objeto para a
sociedade? O que significa? O que pensamos em falar no tijolo? Que nós como
professores devemos fazer uma reflexão sobre esse assunto, pensar em como
podemos desafiar os educandos para instigar os questionamentos os interesse
deles pela pesquisa e uma leitura do objeto. Porque para os alunos de classe
média alta pode ter um significado diferente do que pelas crianças menos
privilegiadas.
Como diz o autor não existe separar política da educação
por um lado uma educação que luta por uma sociedade mais justa uma educação de
igual para todos e de outro lado uma política educativa com práticas sem
sentido que as escolas só permitem uma educação para as pessoas ricas enquanto
isso os pobres ficam fora de tudo e não podem se defender por que não entendem
as leis não tiveram acesso a uma leitura necessária para serem cidadãos
críticos para defenderem seus ideais.
A Professora colocou vários pontos importantes
como a relação de poder, o ser humano na educação tem que participar que o
professor tem que ter um objetivo uma intenção. Como posso fazer um aluno
crítico se eu não sei ser crítico, que um ato político é ideologia, se eu penso
que ele é pobre não vou fazer nada, se todo mundo tem que fazer igual e se não
fizer reprova e é deixado de lado a nossa ação é uma ato político, mas conhecer
o caso se posicionar fazer algo por esse educando é um ato de libertação.
A Professora também falou que autoridade é você
conquistar a turma e autoritarismo é ser um sargento as crianças só tenham a
obedecer é você passar o conhecimento, mas não aprender junto com eles. Que a
gente fica falando, falando mas no
momento que tem que impor ele fica perverso tão severo que nem precisa falar só
de olhar a criança já estremeceu.
Que a própria linguagem precisa ser simples e não
simplista, não vou falar difícil por que as crianças pobres ele não aprendem
muito. A linguagem simples é a linguagem que eu vou falar com meu aluno e ele
vai entender e a simplista vai banalizar a linguagem com meu aluno. Falar com
os alunos e não falar para os alunos.
As alunas falaram sobre a biblioteca popular, que são os
textos construídos por jovens com base no contexto que vivem como o autor
coloca que antes era muito raro as classes populares escreverem textos que
agora desde a alfabetização é muito importante que eles comecem a escrever e
assim formar uma biblioteca popular com vários textos de diversas culturas e
vários conhecimentos.
Com a leitura desse livro me
fez entender o que na verdade é um ato político, e que devemos ser educadores
críticos para formar nossos alunos críticos e criar cidadãos com mentes abertas
fazendo leituras críticas necessárias para uma participação na sociedade, pois
quanto mais conhecimento, mais pessoas vão saber enfrentar o domínio econômico,
social e cultural.
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Contação de histórias
Contação de histórias
Está é uma atividade que tem por objetivo além do despertar pelo gosto
de contar histórias, trabalhar a oralidade e a desinibição, divulgar
para a comunidade a importância do trabalho das crianças com a leitura e,
principalmente a importância com o contato das diferentes tipologias textuais e
do uso da contação de histórias para o desenvolvimento da imaginação e
criatividade, uma vez que nesta faixa etária as crianças aprendem através do
lúdico e o brincar se faz essencialmente necessário. A criança dos seis anos é
muito especial e a escola precisa ser especial, significativa e marcante, onde
o prazer pelo aprender seja uma constante. A escola da criança em processo
de alfabetização deve ser alegre, feliz, deve ter como foco a criança e o seu modo
de aprender, por isso quanto mais atividades em que eles possam ter contato com
sua realidade local e sair da sala de aula melhor e mais fácil para o
desenvolvimento das habilidades necessárias para esta etapa da vida estudantil
destes "pequenos adoráveis"!
Como se deu a atividade: Esta atividade é um projeto de Leitura
desenvolvido já alguns anos com o primeiro ano. Ao saberem da atividade as
crianças fizeram a escolha da História "Alice no país das
Maravilhas", depois decidiram caracterizar-se com os personagens
principais da história. Tivemos a parceria das professoras do PIBID e também da
Empresa de Transportes Gaurama que proporcionou às crianças neste dia, um
passeio turístico. Contamos histórias nas ruas do centro da cidade e em algumas
repartições como rádio, prefeitura, a Coordenadoria de Educação. Depois
da "Contação de Histórias" fizemos uma parada para saborear um
delicioso sorvete.
Avaliação; Os estudantes adoraram está atividade e tudo o que foi
proposto com ela foi atingido de maneira satisfatória. Antes de sairmos da
escola alguns estudantes se prontificaram a contar a história, que eles mesmos
escolheram,depois durante a atividade que também foi um passeio todos queriam
contar a história, ou participar diretamente deste momento fantástico, por ser
enriquecedor, de aprendizagem.
Projeto sobre "LIXO" utilizando as tecnologias digitais.
INTRODUÇÃO
Devemos
fazer com que nossos alunos compreendam que muitas ações do homem na natureza
geram consequências ao meio e ao ser humano. Desta forma com a utilização de
registros feitos a cerca de como agimos com o lixo diário em nossas casas, na
escola, nas ruas, estaremos instigando os alunos quanto às ações do homem que
podem prejudicar o meio ambiente e refletir sobre quais medidas podemos tomar
para amenizar os problemas existentes.
ROTEIRO DO PLANO DE AULA
Tema:
O lixo
Turma: 1º
ano.
Conteúdos desenvolvidos:
Conceituais, procedimentais, atitudinais.
Objetivo Geral:
Compreender
a importância da preservação do meio ambiente , bem como ter consciência sobre
os benefícios da reciclagem para que e por quê separar o lixo de maneira
correta
Objetivos
Específicos:
ü Estudar
como e para que é feita a separação do lixo;
ü Compreender o processo de reutilização dos materiais
recicláveis e dos bens naturais e a importância dessas atitudes para a
preservação do meio;
ü Saber
utilizar-se de materiais diversos como objeto de apropriação de novos
conhecimentos e de ampliação dos já adquiridos.
OBS: Tudo será feito pelos estudantes, desde as
fotografias das atividades propostas neste trabalho até a escolha das imagens
para montagem e montagem do power point.
JUSTIFICATIVA:
Este trabalho será realizado para
que as crianças do 1 ano compreendam e ampliem os seus conhecimentos em torno
dos cuidados que devemos ter com o meio ambiente, principalmente com o destino
dos lixos que nós, mesmos, produzimos.
METODOLOGIA:
O trabalho se dará através da
pesquisa em várias fontes, como textos de livros, jornais, na internet e no
meio ambienta da escola , diálogos dentro e fora da sala de aula.
Será criada a PATRULHA DA LIMPEZA,
para que esta observe e ajude na limpeza do ambiente escolar, bem como
analise os tipos de lixo encontrados no
pátio e separe de modo correto os resíduos encontrados.
Os estudantes irão fotografar suas
atividades práticas.
Construirão um gráfico, uma maquete
e montarão um powerpoint com as fotografias que eles tiraram.
Em
grupos (5 grupos de 5 componentes cada) farão uma apresentação para as
outras turmas.
O grupo 1
irá fazer uma fala sobre tudo o
que conseguiram aprender sobre o assunto.
O grupo 2 falará sobre a construção do
gráfico.
O grupo 3 falará sobre a maquete.
Os grupos 4 e 5 a apresentação do powerpoint
Duração 30 dias.
Anexos:
Fotos feitas durante as atividades desenvolvidas pelas crianças de recolhimento
de lixo no pátio e corredores da escola.
OFICINA DE VIVÊNCIA: AlfabetizaçãoTecnológica: criando histórias
Formas de se trabalhar a tecnologia em sala de aula.
TÍTULO:
OFICINA DE VIVÊNCIA: AlfabetizaçãoTecnológica: criando histórias
Resumo:
O
presente trabalho expõem uma proposta de oficina intitulada, Alfabetização Tecnológica: criando
histórias, que trabalha com o
programa Movie Maker, o qual é um
software de edição de vídeos da Microsoft que permite realizar animações de fotos
ou criações de filmes a partir dos diversos recursos que o mesmo disponibiliza.
A oficina teve como objetivo principal proporcionar novas
possibilidades de trabalho em sala de aula, utilizando das tecnologias para
criação de histórias. Para alcançar tal objetivo foi realizado a apresentação do programa MOVIE MAKER, passo a passo como o mesmo funciona,
possibilitando assim criações de histórias fazendo o uso das funções que o programa disponibiliza. As
criações com temáticas livres, assim sendo socializadas ao findar a oficina.
Palavras
Chave: Movie Maker. Tecnologia. Criação de História.
Detalhamento:
( o que é?)
1) Nome do(s) oficineiro(s): Beatris Gaik.
2) Nome do coordenador de área: Marilane
Woff Paim e Adriana Richit
3) IES: Universidade Federal
da Fronteira Sul, campus Erechim.
4)
Público-alvo e: estudantes de licenciatura professores
5)
Número máximo de participantes: no máximo 10 participantes
6) Ementa: Produção
Textual, ortografia, (professora adicione algo mais sobre o conteúdo de
tecnologia)
7) Objetivo: Proporcionar
novas possibilidades de trabalho em sala de aula, utilizando das tecnologias
para criação de história.
8)
Metodologia:
-
A oficina começará com a acolhida dos participantes e apresentação das
acadêmicas envolvidas nesta oficina.
-
Seguindo com apresentação do programa MOVIE MAKER, passo a passo como o mesmo
funciona (em anexo os slides), para que após o grupo posso utilizar as funções
que o programa disponibiliza para a criação de histórias.
-
Apresentação de uma criação já realizada previamente. (História: Casa
sonolenta)
-
Apresentaremos a proposta de produção:
Proposta: Produção
de história, utilizando o programa Movie Maker.
OBS.:
A temática ficará livre, serão disponibilizados matérias como: livros, acesso
de imagens da internet, e fotografias registradas no momento. Onde os integrantes
elaborarão suas histórias.
-
Pretende-se arquivar as produções que serão realizadas pelos participantes da
oficina (com a autorização dos mesmos), para socializar os trabalhos realizados
com todos os participantes.
9)
Recursos/materiais: Dispositivos
que capturam imagens (Máquinas digitais, celulares, iPad, iPhone e Tablet) e cabos
USB para transferir as imagens.
Acesso liberado à internet, Data show e telão
10) Espaço
necessário
Laboratório
de Informática com computadores.
11) Referências
MENEZES,
A. P. S. O uso do software windows movie
maker como recurso facilitador no processo ensino aprendizagem no ensino de
ciências na amazônia. Disponível em:
http://www.senep.cefetmg.br/galerias/Arquivos_senept/anais/terra_terra1/TexaTerraPoster1.pdf. Acesso em: 14. jun. 2014.
Assinar:
Postagens (Atom)