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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

RELATÓRIO DO LIVRO PRECONCEITO LINGUÍSTICO


RELATÓRIO DO LIVRO PRECONCEITO LINGUÍSTICO

BAGNO, Marcos A. Preconceito Linguístico – o que é como se faz. 36 ed. Loyola: São Paulo, 1999.
Durante o seminário do livro preconceito lingüístico de Marcos Bagno, realizado no dia 27/11/2013. A professora apresentou como seria o seminário, sendo que duas meninas controlavam o tempo e as inscrições e assim conforme eram realizadas as inscrições começou as discussões entre as alunas da pedagogia 2012.
O seminário foi aberto pelas alunas falando sobre vida e obra do autor e o porquê do titulo do livro. Marcos Bagno é um escritor e linguista, cursou sua graduação e mestrado em letras na Universidade Federal em Pernambuco. A especialização no doutorado foi em língua portuguesa. Um autor que se dedica na investigação do ensino da língua portuguesa nas escolas do Brasil. esta é uma obra  que refere-se à democratização da língua portuguesa brasileira, esta faz nos pensar sobre a confusão existente entre língua falada e linguagem normativa que ocorre não só nas escolas mas também na sociedade.
No início uma estudante comentou que o autor coloca que a língua portuguesa falada no Brasil é um dos mais sérios dos mitos que compõe o preconceito linguístico no país, que ocorre muitas mudanças na linguagem e a norma da gramática continua parada sem mudanças ocorridas com o tempo. Com isso, muitos gramáticos falam que a língua está sempre em mudança de acordo com cada região. A autora Stella publicou em seu artigo alertando sobre a ideia de que no Brasil somos monolinguisticas mas não possuímos uma única linguagem.
 Conforme o autor os escritores são os primeiros a dizer que a gramatica não é com eles que se fossem assim todos os gramáticos seriam grandes escritores e os bons escritores seriam em especialistas em gramatica. Mario Perini chama a atenção para a propaganda enganosa contida no mito de que é preciso ensinar gramatica para aprimorar o desempenho linguístico doa alunos:
Quando justificamos o ensino da gramatica dizendo que é para os alunos venham a escrever (ou ler ou falar) melhor, estamos prometendo uma mercadoria que não podemos entregar. Os alunos percebem isso com bastante clareza, embora talvez não possam explicitar; e esse é um dos fatores do descrédito da disciplina entre eles.
Também foi comentado que a mídia e os meios de comunicação interferem muito na forma correta e na maneira errada que se fala o português. A partir disso, expõe oito mitos, como só em Portugal se fala bem português, que as pessoas sem instrução pobres e marginalizadas não sabem o português, que português é difícil e que as pessoas tem que dominar a gramatica para falar e escrever corretamente.
As alunas comentaram que as crianças que sofrem com o preconceito linguístico que são de classes sociais menos privilegiadas elas não tem acesso a livros e leituras e que não tem incentivo nas escolas porque as professoras falam que os pais são pobres analfabetos nunca vão aprender não adianta perder tempo. E as regiões menos favorecidas tem sua língua própria e não é considerada a língua padrão pela sociedade e essas pessoas não tem acesso no texto da Constituição. E passam a não saber seus direitos por não compreender a linguagem utilizada pela minoria a elite da sociedade.
O autor coloca que é preciso ensinar os alunos escrever correto para que eles entendam que a escrita é uma só e que a língua varia de uma região para outra então devemos respeitar os alunos da maneira que se expressam de forma oral. Não criar uma língua falada de forma artificial.
 Na segunda parte do seminário foi discutido sobre o círculo vicioso composto pelos elementos da gramatica tradicional, os métodos tradicionais e os livros didáticos. E que faltava um elemento para fechar esse círculo: os comandos paragramaticais que a partir dos meios de comunicação que surge o preconceito linguístico que é conforme os radialistas jornalistas falam é a forma correta de falar português, a mídia coloca na cabeça das pessoas que o português é difícil.
Também foi apresentado sobre a coluna de jornal de DadSquarisi, na qual  está mostrando um texto com palavras preconceituosas contra o português dos brasileiro uma atitude preconceituosa da pessoa que que conhece uma única modalidade de uso da língua a norma padrão tradicional.
No final a professora falou sobre os dez cisões que o autor coloca que nós como professores temos que saber: Conscientizar de que todo falante nativo de uma língua é um usuário competente dessa língua; Aceitar a ideia de que não existe erro de português, que na verdade é um fenômeno que tem uma explicação cientifica; Não confundir erro de português com um simples erro de ortografia; Conscientizar-se de que toda língua muda e varia; A língua portuguesa não vai nem bem nem mal prossegue em sua evolução; Respeitar a variedade linguística de cada pessoa; A língua nos constitui enquanto seres humanos; Uma vez que a língua está em tudo e tudo está na língua; Ensinar bem é ensinar para o bem.

Todos os professores devem se conscientizar disso e repensar na maneira de como é trabalhado a língua oral e a escrita nas escolas.

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