RELATÓRIO DO LIVRO PRECONCEITO
LINGUÍSTICO
BAGNO,
Marcos A. Preconceito Linguístico – o
que é como se faz. 36 ed. Loyola: São Paulo, 1999.
Durante o seminário do livro
preconceito lingüístico de Marcos Bagno, realizado no dia 27/11/2013. A
professora apresentou como seria o seminário, sendo que duas meninas
controlavam o tempo e as inscrições e assim conforme eram realizadas as
inscrições começou as discussões entre as alunas da pedagogia 2012.
O seminário foi aberto pelas alunas falando sobre vida e obra do autor e o porquê do titulo do livro. Marcos Bagno
é um escritor e linguista, cursou sua graduação e mestrado em letras na
Universidade Federal em Pernambuco. A especialização no doutorado foi em língua
portuguesa. Um autor que se dedica na investigação do ensino da língua portuguesa
nas escolas do Brasil. esta é uma obra
que refere-se à democratização da língua portuguesa brasileira, esta faz
nos pensar sobre a confusão existente entre língua falada e linguagem normativa
que ocorre não só nas escolas mas também na sociedade.
No início uma estudante comentou que o autor coloca que a língua portuguesa
falada no Brasil é um dos mais sérios dos mitos que compõe o preconceito
linguístico no país, que ocorre muitas mudanças na linguagem e a norma da
gramática continua parada sem mudanças ocorridas com o tempo. Com isso, muitos
gramáticos falam que a língua está sempre em mudança de acordo com cada região.
A autora Stella publicou em seu artigo alertando sobre a ideia de que no Brasil
somos monolinguisticas mas não possuímos uma única linguagem.
Conforme o autor os escritores são os
primeiros a dizer que a gramatica não é com eles que se fossem assim todos os
gramáticos seriam grandes escritores e os bons escritores seriam em especialistas
em gramatica. Mario Perini chama a atenção para a propaganda enganosa contida
no mito de que é preciso ensinar gramatica para aprimorar o desempenho
linguístico doa alunos:
Quando
justificamos o ensino da gramatica dizendo que é para os alunos venham a escrever
(ou ler ou falar) melhor, estamos prometendo uma mercadoria que não podemos
entregar. Os alunos percebem isso com bastante clareza, embora talvez não
possam explicitar; e esse é um dos fatores do descrédito da disciplina entre
eles.
Também
foi comentado que a mídia e os meios de comunicação interferem muito na forma
correta e na maneira errada que se fala o português. A partir disso, expõe oito
mitos, como só em Portugal se fala bem português, que as pessoas sem instrução
pobres e marginalizadas não sabem o português, que português é difícil e que as
pessoas tem que dominar a gramatica para falar e escrever corretamente.
As
alunas comentaram que as crianças que sofrem com o preconceito linguístico que
são de classes sociais menos privilegiadas elas não tem acesso a livros e
leituras e que não tem incentivo nas escolas porque as professoras falam que os
pais são pobres analfabetos nunca vão aprender não adianta perder tempo. E as
regiões menos favorecidas tem sua língua própria e não é considerada a língua
padrão pela sociedade e essas pessoas não tem acesso no texto da Constituição.
E passam a não saber seus direitos por não compreender a linguagem utilizada
pela minoria a elite da sociedade.
O
autor coloca que é preciso ensinar os alunos escrever correto para que eles
entendam que a escrita é uma só e que a língua varia de uma região para outra
então devemos respeitar os alunos da maneira que se expressam de forma oral.
Não criar uma língua falada de forma artificial.
Na segunda parte do seminário foi discutido
sobre o círculo vicioso composto pelos elementos da gramatica tradicional, os
métodos tradicionais e os livros didáticos. E que faltava um elemento para
fechar esse círculo: os comandos paragramaticais que a partir dos meios de
comunicação que surge o preconceito linguístico que é conforme os radialistas
jornalistas falam é a forma correta de falar português, a mídia coloca na
cabeça das pessoas que o português é difícil.
Também
foi apresentado sobre a coluna de jornal de DadSquarisi, na qual está mostrando um texto com palavras
preconceituosas contra o português dos brasileiro uma atitude preconceituosa da
pessoa que que conhece uma única modalidade de uso da língua a norma padrão
tradicional.
No
final a professora falou sobre os dez cisões que o autor coloca que
nós como professores temos que saber: Conscientizar de que todo falante nativo
de uma língua é um usuário competente dessa língua; Aceitar a ideia de que não
existe erro de português, que na verdade é um fenômeno que tem uma explicação
cientifica; Não confundir erro de português com um simples erro de ortografia;
Conscientizar-se de que toda língua muda e varia; A língua portuguesa não vai
nem bem nem mal prossegue em sua evolução; Respeitar a variedade linguística de
cada pessoa; A língua nos constitui enquanto seres humanos; Uma vez que a língua
está em tudo e tudo está na língua; Ensinar bem é ensinar para o bem.
Todos
os professores devem se conscientizar disso e repensar na maneira de como é
trabalhado a língua oral e a escrita nas escolas.
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